Marie Curie (1867-1934): Uma vida dedicada à ciência
Biografia sintética
Nasceu Maria Salomea Skłodowska em 7 de novembro de 1867, em Varsóvia (então sob domínio russo), e tornou-se Marie Curie após casar com Pierre Curie (1859-1906) em 1895. Sua carreira excepcional fez dela a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel (Física em 1903) e a única pessoa a receber dois em áreas diferentes (Química em 1911).
Seu trabalho sobre a radioatividade (termo que ela cunhou) e a descoberta do rádio e do polônio revolucionaram a física e a medicina. Morreu em 4 de julho de 1934 devido a uma leucemia radioinduzida.
Principais contribuições científicas
Entre 1898 e 1902, os Curie isolaram dois novos elementos químicos processando várias toneladas de pechblenda (minério de urânio). Suas pesquisas demonstraram que:
A radioatividade é uma propriedade atômica (não molecular, como inicialmente suposto).
A emissão de radiação é proporcional à quantidade de elemento radioativo > equação fundamental: \( A(t) = A_0 e^{-\lambda t} \), onde \( \lambda \) é a constante de decaimento.
O rádio emite calor espontaneamente, contradizendo o princípio de conservação de energia como entendido na época.
Legado e reconhecimento
Sua influência vai muito além de suas descobertas:
Fundação do Instituto do Rádio (1914), hoje parte do Instituto Curie.
Orientou 25 doutores em ciências, incluindo sua filha Irène Joliot-Curie (1897-1956), também ganhadora do Nobel de Química (1935).
Desenvolvimento das primeiras unidades móveis de radiologia ("Pequenas Curies") durante a Primeira Guerra Mundial.