Descrição da imagem: Se Apophis cair no oceano, provocará uma onda que terá a altura do fundo do mar.
Uso do simulador interativo Astronoo: Com este simulador, você verá a revolução dos asteroides de todos os ângulos e suas órbitas situadas entre Marte e Júpiter. No início, estamos "acima" do sistema solar (é uma visão do polo norte celeste) e o passar do tempo está ajustado para 10 dias por segundo, o que permite ver os planetas e asteroides girando em suas órbitas, mas você pode ir para o futuro ou voltar ao passado usando os botões no topo. Você pode dar zoom (no topo à direita) dentro do sistema solar enquanto deixa os asteroides girarem.
Com as setas na parte inferior direita, você pode inclinar os planos orbitais dos asteroides e, se desejar mais informações, ver mais ou menos órbitas, use os botões na parte inferior esquerda.
N.B.: Você notará que os objetos têm velocidades variáveis; eles seguem a lei das áreas de Kepler (Johannes Kepler, 1571-1630). Ao se aproximarem do periélio (o ponto mais próximo do Sol), os objetos aceleram; ao se aproximarem do afélio (o ponto mais distante do Sol), eles desaceleram. Para ver as distâncias (em milhões de km), clique no botão afélio/periélio.
Jogue também com o mouse: Um clique no simulador dá a você o controle para reorientar o sistema solar e obter a vista desejada; os objetos continuam girando ao redor do Sol. Clique novamente para congelar a vista e dar zoom.
N.B.: Cuidado, quanto mais próximos os objetos estiverem de você, maiores eles parecerão.
Em 2004, foi descoberto Apophis (2004 MN4), um novo asteroide de 270 m de comprimento, atualizado em janeiro de 2013 para 325 metros, que anunciava o fim do mundo para 13 de abril de 2029. Naquele dia, Apophis deveria cair no meio do Pacífico e provocar um tsunami gigante.
Posteriormente, a precisão dos cálculos indicava que Apophis estaria mais próximo da Terra em 2029, a um quarto da distância Terra-Lua, ou seja, 90.000 km, atualizado em janeiro de 2013 para cerca de 30.000 km. Mas se, em 13 de abril de 2029, Apophis passar por uma área do espaço de 600 metros de largura, chamada de buraco da fechadura, ele corre o risco de roçar a Terra na próxima passagem, ou seja, 13 de abril de 2036, ainda com um risco limitado de colisão.
Estamos aliviados, infelizmente, se em 2036 ele passar novamente, ele voltará, repetidas vezes, até que nos atinja. Esses dados serão ajustados nos próximos anos, pois ainda são incertos devido ao fato de que a órbita de Apophis, como a de todos os outros corpos, é sensível às condições iniciais que surgem das leis do caos.
As órbitas dos asteroides são significativamente afetadas pelas perturbações gravitacionais geradas por outros corpos do sistema solar, especialmente Júpiter.
Se Apophis cair no oceano, provocará uma onda que terá a altura do fundo do mar. Podemos facilmente imaginar o monstro oceânico chegando às costas continentais. O poder da onda seria tal que provocaria terremotos em seu caminho. Não é de surpreender que o potencial destrutivo de Apophis impressione os cientistas.
Seu nome foi bem escolhido, pois na mitologia egípcia, Apophis é o deus do mal e da destruição, a personificação do caos, buscando aniquilar a criação divina.
A humanidade terá que repelir um dia esse deus do mal em uma batalha cósmica de titãs.