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Última atualização 29 de setembro de 2014

Miragem Gravitacional: Da Teoria de Einstein às Observações Astronômicas

Lente Gravitacional

Gravidade e Miragem: Deformações da Luz em Astrofísica

Em astrofísica, a gravidade age não apenas sobre a matéria, mas também sobre a luz, distorcendo seu trajeto através do espaço-tempo. Esse fenômeno, chamado de lente gravitacional, decorre da teoria da relatividade geral de Einstein, segundo a qual uma massa curva a geometria do espaço-tempo circundante. Assim, quando um objeto massivo como um aglomerado de galáxias está situado entre uma fonte de luz distante e o observador, ele age como uma lente natural, desviando e ampliando os raios de luz. Essa "miragem gravitacional" pode produzir efeitos espetaculares como arcos de luz, anéis de Einstein ou imagens múltiplas de um mesmo objeto celeste. Essas distorções permitem não apenas detectar objetos invisíveis como a matéria escura, mas também sondar o universo distante com uma precisão sem igual, revelando galáxias localizadas a bilhões de anos-luz de distância.

Gravidade e Ilusão: Quando o Espaço-Tempo Engana Nossos Sentidos

Uma ilusão que os astrônomos conhecem bem é a Lente Gravitacional ou Miragem Gravitacional. Um objeto massivo, como um aglomerado de galáxias, situado entre um observador e uma fonte de luz distante, imprime uma forte curvatura (deformação) no espaço-tempo. Isso tem o efeito de desviar todos os raios de luz que passam perto do objeto, distorcendo assim as imagens recebidas pelo observador.

Essa amplificação do brilho de um objeto celeste distante por uma estrela massiva situada à frente foi prevista pela teoria da relatividade geral em 1917. Os objetos massivos modificam a geometria do espaço e do tempo em sua vizinhança. A luz, por sua vez, sempre toma o caminho mais curto, mas em um espaço curvo modificado pela presença de uma massa gigantesca, o caminho mais curto não é a linha reta. O trajeto dos raios de luz se curva perto de estrelas massivas. A maioria das imagens de galáxias que se encontram nesta fotografia são imagens múltiplas de uma única galáxia anelar.

Um gigantesco aglomerado de galáxias situado em primeiro plano age como uma imensa lente gravitacional. Em primeiro plano, as galáxias deste aglomerado aparecem em amarelo e a galáxia observada atrás aparece em azul no centro. Uma lente gravitacional pode gerar múltiplas imagens de galáxias de fundo.

A forma singular da galáxia azul de fundo (pequena mancha azul no centro da imagem) permitiu deduzir que é a mesma que vemos às 4 horas, 10 horas, 11 horas e 12 horas. A análise mostrou que pelo menos 33 imagens de 11 galáxias diferentes de fundo são discerníveis nesta imagem. Esta espetacular foto do aglomerado galáctico CL0024+1654 foi tirada pelo telescópio espacial Hubble em novembro de 2004.

Previstas pela Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein (1879-1955), várias miragens gravitacionais foram observadas desde então pelo Hubble. Quando o alinhamento entre dois objetos é perfeito, a imagem do objeto distante pode tomar a forma de um anel luminoso que rodeia o objeto próximo.

No caso de um alinhamento perfeito entre a fonte observada (uma estrela, por exemplo) e outro objeto estelar (um buraco negro, por exemplo), o buraco negro situado à frente agirá como uma lente gravitacional ou defletor. O observador não verá mais a estrela como tal, mas sim como um anel; este anel é chamado de Anel de Einstein.

Uma estrela, embora tendo uma massa muito inferior à de uma galáxia, também pode agir como uma lente gravitacional. O efeito é, obviamente, muito menos potente; neste caso, fala-se de microlente gravitacional.

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