O outono oferece um céu rico em objetos de céu profundo e figuras mitológicas. Entre as constelações mais marcantes estão:
Pégaso (o cavalo alado), identificável pelo seu "quadrado" característico formado por 4 estrelas brilhantes (mag. aparente < 2,5).
Andrômeda, que abriga a galáxia M31, visível a olho nu sob um céu escuro (distância: 2,5 milhões de anos-luz, segundo dados do HST).
Perseu, associada à chuva de meteoros Perseidas (pico por volta de 8 de outubro).
Cassiopeia, em forma de "W", e Cefeu, seu vizinho celeste, ambos circumpolares para observadores acima de 35° de latitude norte.
Localização e observação
Para localizar essas constelações, use a estrela Polar como ponto de partida:
Encontre a Ursa Maior (baixa no horizonte noroeste no outono).
Trace uma linha imaginária através dos "guardiões" da Ursa Maior (Dubhe e Merak) para atingir Polaris.
De Polaris, desça em direção a leste para encontrar Cassiopeia e depois Pégaso.
Como observou o astrônomo Johannes Hevelius (1611-1687) em seu Firmamentum Sobiescianum, "Pégaso parece galopar para o oeste enquanto Andrômeda avança em direção a Perseu, reproduzindo sua mitologia grega".
Objetos celestes notáveis
Esta estação é ideal para observar:
A galáxia de Andrômeda (M31): o único objeto extragaláctico visível a olho nu do hemisfério norte. Seu diâmetro aparente equivale a 6 luas cheias (fonte: ESA/Gaia, 2023).
O aglomerado duplo de Perseu (NGC 869 e NGC 884), dois grupos de estrelas jovens (idade estimada: 12-13 milhões de anos, estudo de Charles Messier (1730-1817) retomado pelo VLT em 2020).
A estrela Algol (β Persei), protótipo das estrelas variáveis eclipsantes (período de 2,87 dias, descoberta por John Goodricke (1764-1786)).
Tabela comparativa das constelações de outono
Principais constelações de outono e suas características
Priorize noites sem lua (consulte um calendário lunar).
Use binóculos 10x50 para distinguir M31 ou os aglomerados de Perseu.
Afaste-se de áreas urbanas (poluição luminosa > Magnitude limite 4).
Como destacava Carl Sagan (1934-1996): "O outono nos lembra que todos somos viajantes entre as estrelas, conectados a esses padrões celestes por milênios de história".