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Última atualização 21 de agosto de 2025

Panorama dos Vulcões da América do Sul: Do Aconcágua ao Cotopaxi

Erupção do Cotopaxi

Erupções Vulcânicas Históricas na América do Sul

Nevado del Ruiz, 1985

A erupção do Nevado del Ruiz, na Colômbia, em 13 de novembro de 1985, é um dos desastres naturais mais mortíferos do século XX na América do Sul. Embora a erupção em si não tenha sido extremamente violenta, o derretimento das geleiras no topo do vulcão provocou enormes lahares (fluxos de lama vulcânica) que soterraram a cidade de Armero, causando a morte de mais de 23.000 pessoas. Este evento marcou um ponto de virada na gestão de riscos vulcânicos na Colômbia.

Chaitén, 2008

O vulcão Chaitén, no Chile, entrou em erupção de forma inesperada em 2 de maio de 2008, após mais de 9.000 anos de inatividade. A erupção produziu uma coluna de cinzas que atingiu 20 km de altitude, causando grandes interrupções no tráfego aéreo e a evacuação de milhares de pessoas. A cidade próxima de Chaitén foi quase completamente destruída por lahares e inundações. Esta erupção lembrou ao mundo que até vulcões considerados extintos podem despertar.

Nevado del Huila, 2007-2008

O Nevado del Huila, também na Colômbia, entrou em erupção entre 2007 e 2008, após mais de 500 anos de dormência. As explosões e fluxos piroclásticos causaram deslizamentos de terra e lahares, afetando comunidades locais. Esta erupção destacou a vulnerabilidade das populações que vivem perto de vulcões glaciais, onde o derretimento do gelo pode agravar os riscos.

Cotopaxi, 1877

O Cotopaxi, no Equador, é um dos vulcões mais famosos e perigosos da América do Sul. Sua erupção em 1877 produziu fluxos piroclásticos e lahares que devastaram os vales circundantes. Embora menos mortal do que outras, esta erupção teve um impacto duradouro na infraestrutura e agricultura locais. Hoje, o Cotopaxi permanece sob estreita vigilância devido ao seu potencial destrutivo.

Llullaillaco, 1877

O Llullaillaco, localizado na fronteira entre Chile e Argentina, é famoso por sua altitude (6.739 metros), o que o torna um dos vulcões mais altos do mundo. Sua erupção em 1877 foi principalmente efusiva, com fluxos de lava visíveis a partir dos vales circundantes. Este vulcão também é conhecido por abrigar as múmias de crianças incas, descobertas perto de seu cume, oferecendo um testemunho único dos rituais incas.

Villarrica, 1964 e 1971

O Villarrica, no Chile, é um dos vulcões mais ativos da América do Sul. Suas erupções em 1964 e 1971 produziram fluxos de lava espetaculares e colunas de cinzas, causando evacuações em massa. Em 1971, uma erupção causou várias mortes e destruiu infraestruturas turísticas. Hoje, o Villarrica é um destino turístico popular, mas também um vulcão sob rigorosa monitoração.

Sangay, Atividade Contínua desde 1934

O Sangay, no Equador, é um dos vulcões mais ativos do mundo, com atividade eruptiva quase contínua desde 1934. Suas erupções, frequentemente explosivas, produzem colunas de cinzas, fluxos piroclásticos e lahares. Embora localizado em uma área pouco povoada, o Sangay tem um impacto significativo no meio ambiente e no clima local.

Dinâmica e perigosidade dos vulcões sul-americanos

Vulcões da Cordilheira dos Andes

A Cordilheira dos Andes constitui uma zona de subducção maior, onde a placa oceânica de Nazca mergulha sob a placa sul-americana. Os vulcões desta zona, como o Cotopaxi, o Aconcágua ou o Villarrica, são frequentemente vulcões cinzentos explosivos, com erupções violentas, nuvens ardentes e plumas de cinzas que podem afetar as cidades próximas.

Vulcões basálticos e escudos

Alguns vulcões, como o Llaima ou as estruturas vulcânicas na Patagônia, produzem vulcões vermelhos efusivos. A lava basáltica fluida forma fluxos extensos e cria paisagens espetaculares, mas geralmente são menos explosivos.

Riscos secundários e impactos humanos

As erupções podem provocar lahares, sismos, perturbações aéreas e danos às culturas e infraestruturas. A erupção do Chaitén em 2008 ilustra as consequências dramáticas de um vulcão cinzento nas populações locais.

Tabela dos principais vulcões da América do Sul

Principais vulcões ativos e adormecidos da América do Sul
VulcãoCorLocalizaçãoAltitude (m)TipoÚltima erupçãoComentárioStatus
CotopaxiCinzentoEquador5897Estratovulcão2023Erupções frequentes, geleiras e lahares.Ativo
VillarricaCinzentoChile2847Estratovulcão2021Lago de lava permanente, atividade recorrente.Ativo
SabancayaCinzentoPeru5976Estratovulcão2024Erupções explosivas regulares, cinzas sobre os vales circundantes.Ativo
UbinasCinzentoPeru5672Estratovulcão2023Vulcão muito ativo, emissões frequentes de cinzas.Ativo
LlaimaVermelhoChile3125Vulcão escudo2009Vulcão efusivo, fluxos basálticos extensos.Ativo
ChaiténCinzentoChile1122Estratovulcão2008Erupção explosiva maior, destruição da cidade próxima.Ativo
LascarVermelhoBolívia5300Vulcão escudo~1900Vulcão efusivo, atividade moderada.Ativo
AconcáguaCinzentoArgentina6960EstratovulcãoExtintoPico mais alto dos Andes, sem atividade histórica.Adormecido
Ojos del SaladoCinzentoChile / Argentina6893Estratovulcão~1300Vulcão ativo mais alto do mundo, mas atualmente adormecido.Adormecido
LlullaillacoCinzentoChile / Argentina6739Estratovulcão~1877Adormecido, cume desértico e altitude extrema.Adormecido
LicancaburVermelhoChile / Bolívia5916Vulcão escudo~500Adormecido, lago de cratera salgado no cume.Adormecido
LascarCinzentoChile5592Estratovulcão2023Pequeno mas ativo, frequentes emissões de cinzas.Ativo

Vulcões vermelhos e vulcões cinzentos: duas dinâmicas eruptivas

Os vulcões vermelhos correspondem aos vulcões efusivos com lava basáltica fluida, como o Llaima ou o Licancabur. Sua atividade é espetacular, mas geralmente pouco explosiva, com fluxos extensos.

Os vulcões cinzentos correspondem aos vulcões explosivos, ricos em sílica e gases, como o Cotopaxi, o Villarrica ou o Chaitén. As erupções podem ser violentas, com nuvens ardentes e plumas de cinzas.

Comparação entre vulcões vermelhos e vulcões cinzentos
CaracterísticaVulcões vermelhosVulcões cinzentos
Tipo de magmaBasáltico, pobre em sílica (< 52% SiO2)Andesítico a riolítico, rico em sílica (> 55% SiO2)
ViscosidadeBaixa \(\eta \sim 10^{1-3}\, \text{Pa·s}\)Elevada \(\eta \sim 10^{5-9}\, \text{Pa·s}\)
Estilo eruptivoEfusivo: fluxos de lava fluidosExplosivo: plumas de cinzas, nuvens ardentes
Manifestações visíveisLavas incandescentes vermelhas, campos de lava extensosCinzas cinzentas, estratovulcões de encosta íngreme
Principais riscosFluxos de lava destrutivos, mas lentosNuvens ardentes, explosões súbitas, queda de cinzas
Exemplos sul-americanosLlaima (Chile), Licancabur (Chile/Bolívia)Cotopaxi (Equador), Villarrica (Chile), Chaitén (Chile)

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