A Nebulosa da Águia (Messier 16, ou M16) é uma região H II localizada na constelação de Serpens, a cerca de 7.000 anos-luz da Terra. Esta nebulosa é famosa por seus Pilares da Criação, gigantescas colunas de gás e poeira onde nascem novas estrelas. Observações em luz visível e infravermelha revelaram a estrutura complexa desses pilares, que são esculpidos pelos ventos estelares e pela radiação ultravioleta de estrelas massivas próximas.
Os pilares têm vários anos-luz de comprimento e são compostos principalmente de gás molecular e poeira. A ação combinada da gravidade e das pressões radiativas induz a fragmentação das nuvens e a formação de aglomerados densos em suas extremidades. Modelos hidrodinâmicos sugerem que as frentes ionizadas se movem a velocidades da ordem de 10 a 20 km/s, erodindo gradualmente as colunas.
Dentro de M16, protoestrelas se formam nas regiões densas dos pilares. A radiação UV intensa ioniza o gás circundante, criando glóbulos densos chamados EGGs que eventualmente podem se tornar estrelas completas. A análise espectroscópica revela a presença de moléculas como CO, H2 e íons de enxofre e oxigênio, essenciais para a química das regiões de formação estelar.
Aqui está uma tabela comparando algumas características físicas da Nebulosa da Águia e outras regiões H II famosas:
| Região | Tamanho (anos-luz) | Temperatura (K) | Densidade Média (cm-3) | Comentários |
|---|---|---|---|---|
| Nebulosa da Águia (M16) | ~70 × 55 | 8.000 | 500 a 2.000 | Pilares da Criação, EGGs, formação de aglomerados abertos |
| Nebulosa de Órion (M42) | ~24 | 10.000 | 1.000 a 5.000 | Próxima, formação estelar massiva, observação fácil |
| Nebulosa da Lagoa (M8) | ~110 | 8.500 | 300 a 1.500 | Complexo de estrelas jovens, gás ionizado |