A Nebulosa do Caranguejo é o vestígio de uma supernova observada em 1054 por astrônomos chineses e árabes. Está localizada na constelação de Touro e encontra-se a cerca de 6.500 anos-luz da Terra. M1 é famosa por sua estrutura filamentar complexa e por abrigar um pulsar central.
A nebulosa apresenta uma rede de filamentos de gás ionizado, principalmente hidrogênio e hélio, enriquecidos com elementos mais pesados como oxigênio e neônio. Esses filamentos são impulsionados a velocidades de 1.000 a 1.500 km/s. A radiação observada provém essencialmente da emissão síncrotron, criada por elétrons relativísticos em interação com o campo magnético da nebulosa.
No centro de M1 está um pulsar, um remanescente compacto da estrela original. Jocelyn Bell Burnell (1943-) ajudou a confirmar as emissões pulsadas. Este pulsar gira a uma velocidade de 30 rotações por segundo e é a principal fonte de energia que alimenta a nebulosa.
A Nebulosa do Caranguejo foi observada em todos os comprimentos de onda: rádio, infravermelho, óptico, ultravioleta e raios X. Essas observações permitem mapear a distribuição de partículas relativísticas e do campo magnético.
Nebulosa | Idade (anos) | Tipo de supernova | Característica principal |
---|---|---|---|
Nebulosa do Caranguejo M1 | ~970 | Tipo II | Pulsar central, emissão síncrotron extensa |
Nebulosa de Cassiopeia A | ~340 | Tipo IIb | Emissões intensas de rádio e raios X, filamentos de ferro e silício |
Nebulosa de Tycho | ~450 | Tipo Ia | Expansões simétricas, baixa emissão de rádio comparada a M1 |
Fonte: NASA, ESA, CXC, SSC e ESO – Observações ópticas de M1.