O Equador, localizado no Cinturão de Fogo do Pacífico, é um país marcado por intensa atividade vulcânica. Abriga alguns dos vulcões mais impressionantes da América do Sul, como o Cotopaxi, um dos vulcões ativos mais altos do mundo, e o Tungurahua, conhecido por suas erupções frequentes. Esses gigantes de fogo, muitas vezes cobertos de neve, moldam as paisagens andinas e influenciam a vida das populações locais, tanto pelos riscos que representam quanto pelos solos férteis que geram. As autoridades equatorianas monitoram de perto esses colossos, especialmente através do Instituto Geofísico, para prevenir desastres e proteger as comunidades vizinhas. A atividade vulcânica no Equador permanece, assim, um fenômeno ao mesmo tempo fascinante e temido, testemunhando o poder da natureza.
Todos esses vulcões fazem parte do Cinturão de Fogo do Pacífico, uma imensa zona de 40.000 km de comprimento, que concentra cerca de 90% dos terremotos mundiais e 75% dos vulcões ativos. No Equador, essa atividade resulta da subducção da placa de Nazca sob a placa sul-americana. Essa dinâmica geológica molda as paisagens andinas, mas também expõe o país a riscos naturais significativos.
Nome | Altitude (m) | Última Erupção | Cinturão de Fogo | Estado |
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Chimborazo | 6 263 | 550 AD ± 150 anos | Sim | Inativo |
Cotopaxi | 5 897 | 2022 | Sim | Ativo |
Cayambe | 5 790 | 1786 | Sim | Potencialmente ativo |
Antisana | 5 753 | 1802 | Sim | Potencialmente ativo |
Altar | 5 319 | 1460 | Sim | Inativo |
Iliniza Norte | 5 126 | Pleistoceno | Sim | Extinto |
Tungurahua | 5 023 | 2018 | Sim | Ativo |
Sangay | 5 230 | 2023 (em curso) | Sim | Ativo |
O Chimborazo, gigante majestoso dos Andes, é o ponto mais alto do Equador com uma altitude de 6.263 metros. Embora considerado extinto (sua última erupção remonta a cerca de 1.500 anos), permanece um símbolo nacional. Sua característica mais fascinante é sua posição geográfica: devido ao inchamento equatorial, seu cume é tecnicamente o ponto mais distante do centro da Terra. Sua imensa camada de gelo, hoje em recuo, alimenta vários rios das províncias vizinhas.
O Cotopaxi, com seu cone perfeitamente simétrico coberto por uma geleira, é um dos vulcões mais ativos do mundo. Classificado entre os Vulcões da Década, está sob vigilância constante. Suas erupções históricas foram devastadoras, como a de 1877. Após um período de calma, o Cotopaxi mostrou sinais de atividade aumentada em 2015, com uma nova fase eruptiva em 2022. Sua proximidade com Quito o torna um risco significativo, mas também uma atração turística.
O Cayambe é um vulcão único no mundo, pois é atravessado pela linha equatorial. Embora considerado potencialmente ativo, sua última erupção confirmada data do século XVIII. Abriga uma extensa geleira, a terceira maior do Equador. Fumarolas são observadas regularmente perto de seu cume. O Cayambe também é um local sagrado para as comunidades indígenas.
O Sangay, localizado no parque nacional homônimo, é um dos vulcões mais ativos do planeta, em erupção quase contínua desde 1934. Seu isolamento faz dele um local pouco frequentado, mas suas explosões frequentes oferecem um espetáculo impressionante. Listado como Patrimônio Mundial da UNESCO, o Sangay é um laboratório natural para o estudo do vulcanismo.